Ubicación: Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo
Objetivos:
• Conhecer os fundamentos e estratégias da medicalização e suas modalidades
• Compreender as causas da medicalização
• Conhecer conceitos e metodologias para as estimativas de sobrediagnóstico e sobretratamento • Identificar estratégias de prevenção quaternária para abordagem da medicalização
• Participação cidadã: demandas genuínas dos pacientes e induzidas pela indústria.
• Conflitos interesse na geração do conhecimento científico e da medicalização.
• Conhecer conceitos e metodologias para as estimativas de sobrediagnóstico e sobretratamento • Identificar estratégias de prevenção quaternária para abordagem da medicalização
• Participação cidadã: demandas genuínas dos pacientes e induzidas pela indústria.
• Conflitos interesse na geração do conhecimento científico e da medicalização.
Justificativa:
Justificativa:
Esta disciplina inaugura uma colaboração internacional no ensino de pós-graduação, como parte do Colégio Doutoral Tordesilhas de Saúde Pública e História da Ciência. A disciplina inclui a Universidade de São Paulo, com os programas de Pós-graduação em Saúde Pública e de Nutrição em Saúde Pública (Faculdade de Saúde Pública), Medicina Preventiva (Saúde Coletiva, Faculdade de Medicina), o Departamento de Salud Pública, Historia de la Ciencia y Ginecología (Universidade Miguel Hernandez, Alicante, Espanha), e o Instituto de Saúde Pública, da Universidade do Porto, Portugal. A disciplina trata da medicalização como problema de Saúde Pública, um tema emergente e inovador, com crescente repercussão global. A medicalização da sociedade, com o controle dos processos vitais, do sofrimento cotidiano e dos comportamentos, é um problema de Saúde Pública com múltiplas raízes, e tem sido um objeto crescente de interesse de pacientes, profissionais de saúde, da saúde pública e das ciências sociais. Novos recursos diagnósticos e terapêuticos, com precária avaliação de sua efetividade ou segurança, tem ocupado cada vez mais espaço na relação entre profissionais e pacientes, muitas vezes substituindo a escuta das demandas trazidas, em consultas de duração cada vez mais curta. Os testes diagnósticos ocupam uma posição cada vez mais central na atividade clínica, e se incorporam na pratica clínica habitual, por profissionais da saúde com escassa formação para uma leitura crítica dos seus limitações. Nas últimas décadas, e a pesar da baixa qualidade de grande parte dos estudos sobre a validade de novos testes diagnósticos, a utilização destes na prática clínica tem aumentado significativamente. No entanto, essa utilização crescente de testes diagnósticos não se mostra associada a uma melhora proporcional na saúde da população, sugerindo também a ocorrência de um uso excessivo e desnecessário dos mesmos. Nem todas as provas ou procedimentos diagnósticos utilizados na prática clínica têm validade diagnostica, podendo contribuir com gastos desnecessários, sobrecarga dos serviços de saúde e criar outros problemas na prestação de cuidados de saúde. Além disso, a utilização desse tipo de testes aumenta o risco de diagnósticos incorretos, de diagnósticos desnecessários (sobrediagnósticos), levando ao excesso de tratamento, a efeitos adversos, e, consequentemente, pode prejudicar a saúde da população.